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Ratoeira

Freguesia de Ratoeira

População: 303

Dista da Sede de Concelho: 5 km

Área: 770 ha

Festividades

Festa de S. Sebastião (fim de semana em janeiro)

Património

Infra-estruturas sociais desportivas e culturais
Sede de Junta de Freguesia
Associação de Melhoramentos da Ratoeira
Clube de Futebol da Ratoeira
Campo de Futebol da Ratoeira

Locais a visitar
Igreja Matriz
Cerca D. José
Cruzeiro Santa Catarina
Fonte de Baco
Tanque da Sereia
Calvário

Infraestruturas educativas
Escola Primária de Ratoeira

Notas Históricas

A 5 Km de Celorico, junto à Estrada Nacional 16, a freguesia da Ratoeira surge quase despercebida para o viajante, mas na verdade constitui um bonito lugar, num lindo vale coberto de oliveiras.
Confrontando com as freguesias de Fornotelheiro, Baraçal, Açores, Lajeosa do Mondego e S. Pedro, é uma das freguesias do núcleo central do concelho, sendo bem servida pela A25, E.N. 102 e E.N.16 que a atravessa.
O seu nome remonta, segundo alguns, ao tempo do Imperador Romano Júlio César, que conseguiu vencer nos lugares pertencentes à freguesia a tribo lusitana dos Vetões (conhecida pelo seu poderio militar) através duma cilada no lugar da freguesia, que para consagração do facto, se designou Ratoeira. Mas segundo outros, a origem do nome é mais recente, derivando de umas lajes escorregadias que existiam anteriormente.
Esta aldeia conserva ainda uma antiga divisão, entre o lugar do povo e o lugar do Ramalhal.
Situada num lindo vale, de onde se contempla a Vila de Celorico e o seu imponente castelo, tem também a seu lado o rio Mondego, onde se pode desfrutar das suas águas e, nas margens, praticar diversas actividades.
A cerca de D. José, rodeada de ciprestes, e o Tanque das Sereias chamam a nossa atenção.
O chafariz de Baco, Deus romano do vinho e da alegria, pertencente a algum monumento romano, é uma evidência da importância que a vinha terá tido na localidade.
Terra onde a passagem dos franceses se fez sentir, durante a Guerra Peninsular, conserva algumas histórias que a tradição perpetuou.
Vale riquíssimo, a agricultura é a principal actividade das suas gentes, cultivando todo o tipo de produtos agrícolas regionais, constituindo a pastorícia e produção de queijo a sua principal riqueza.
Porém, a riqueza dos seus solos não tem sido suficiente para a permanência dos seus naturais, que têm partido para outras localidades, no país e no estrangeiro, em busca de outras condições de vida.

Lendas e Tradições

Invasões Francesas

Muitas histórias se contam sobre as invasões francesas. Umas que retratam as barbaridades cometidas pelos franceses, outras retratam a astúcia e habilidade das gentes lusitanas, que pela imaginação lhes fizeram frente. Eis dois contos, passados na Ratoeira, no tempo das invasões Francesas.
Duas irmãs, sabendo da violência com que os franceses tratavam as formosas lusitanas, decidiram cortar os cabelos, curto como um rapaz, enfarruscando a cara e as mãos com cortiça queimada, pelo que os franceses as confundiram com dois escravos negros, obrigando-as a carregar pesados fardos de palha.
Havia um homem que, à passagem dos franceses, se escondeu num cipreste antigo, tendo aí permanecido até que vencido pela fome e pela sede, saiu por fim do esconderijo, dirigindo-se então para a sua casa, que ainda distava algumas centenas de metros.
Pelo caminho, eis que o cheiro a comida vindo de sua casa lhe encheu as narinas. Munindo-se de um pau, entra em sua casa e encontra um francês, que se entregava às lides culinárias e que ficara por cá depois da retirada dos franceses.
O homem, vendo o francês de costas, arruma-lhe uma grande paulada na cabeça, à qual o francês teve morte imediata. A comida, essa bem cheirosa, estava ali pronta para aquele estômago faminto.

Toponímia

Páteos: corruptela de patos. São lameiros em que deveriam ter abundado as aves desta espécie – patos bravos. Sabe-se que estes palmípedes no Inverno gostam muito de frequentar os cursos de água e terras enlameiradas, onde por vezes surgem aos pares.

Louro: vem de lura, buraco ou cova onde se abrigam alguns animais, como o coelho, a raposa ou outros.

Boucinhas: olivais junto à povoação, porque o caminho que os serve é bastante largo, criando erva na parte mais elevada – a bouça – mas que pela sua pouca extensão derivou para o diminutivo – boucinhas.

Várzea: do árabe bar, campo e de sahara, seara.

Castelejo: terras assim chamadas, porque na sua maior altitude existiu um pequeno castro.

Chãis: bons terrenos próximos do povo. Esta denoinação provém duma antiga medida agrária de 60 palmos de comprido por 30 de largo, conhecido pelo nome de Chão.

Quinchoso: terra de reduzida área. Este nome aplicava-se antigamente a pequenos quintais.

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