Sacadura Cabral – ILUSTRE CELORICENSE

Artur de Sacadura Freire Cabral, filho de Artur Sacadura Cabral e de Maria Augusta da Silva Esteves, nasceu na vila de Celorico da Beira a 23 de Maio de 1881.

A 10 de novembro de 1897 assentou praça como aspirante de marinha.

Em 1901, seguiu a bordo do S. Gabriel, para Moçambique, onde comandou duas canhoneiras e um vapor, integrados na Divisão Naval de Moçambique.

Em 1903 foi promovido a Segundo-tenente e passou a exercer funções de hidrógrafo e geógrafo, primeiro em Moçambique e mais tarde em Angola, onde pôs à prova as suas capacidades de geógrafo, astrónomo e de organizador.

Ascendeu a Primeiro-tenente em 1911, a Capitãotenente em 1918 e, por distinção, a Capitão-de-fragata no ano de 1922.

Em 1915 regressou à metrópole, numa altura em que o “Aero Club de Portugal”, fazia propaganda da aviação, levando o governo a abrir concurso para os oficiais da Marinha e do Exército para frequentarem companhias estrangeiras de aviação, com vista à obtenção dos brevets de pilotos aviadores militares.

Frequentou a Escola Militar de Chartres e a 16 de Janeiro de 1916, efetuou o seu primeiro voo como piloto, obtendo o brevet em março.

Regressou a Portugal em Agosto de 1916, aquando da organização da Escola de Aviação Militar em Vila Nova da Rainha, tendo sido incorporado como piloto instrutor. Nessa altura, o governo resolveu enviar para Moçambique uma esquadrilha de aviação para ajudar o exército a defender a região do Niassa, contra os ataques dos alemães.

Constituição da primeira unidade de aviação em Portugal. Foi encarregado de organizar a aviação marítima e nomeado em 1918, Diretor dos Serviços da Aeronáutica Naval e depois, Comandante da Esquadrilha Aérea da Base Naval de Lisboa

Em 1919 integrou a Comissão encarregada de dar parecer sobre a melhor forma de executar um plano de navegação aérea.

Juntamente com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, realizou em 1921 a viagem Lisboa-Madeira, para experienciarem os métodos e instrumentos criados por ele e Gago Coutinho.

A 30 de Março de 1922, juntamente com Gago Coutinho descolaram de Belém rumo ao Brasil, a bordo do hidroavião Lusitânia.

Em 1923 elaborou um projeto de viagem aérea de circumnavegação, que não conseguiu concretizar, por falta de meios materiais.

Em 1924, apresentou pedido de demissão por considerar que o seu esforço para a eficiência da Aviação Marítima, não estava a ser reconhecido e valorizado pelo Poder Central, o qual foi indeferido.